Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011

Capitulo 14 de Pride - Not found

Capitulo14 – Dia 58.

 

 

-Cally, Cally – gritava Luke ao ouvido de Cally que estava atordoada e confusa. Ainda não estava a sentir dor, mas sabia que não se podia mexer. Não percebia o que tinha acontecido, por momentos todas as memórias delas pareceram desaparecer, apenas quando a dor veio e ela teve que inspirar bastante ar para se aguentar é que ela se lembrou.
Luke mantinha a mão no buraco que estava as suas costas e olhava bastante pálido e sem reacção para a irmã.
-O que é que eu faço? – Perguntou o irmão a Cally abanando-a um pouco. Ela fazia força para respirar e o seu esforço fazia um barulho arrepiante, como se ela estivesse à beira da morte.
-Hospital Luke – alertou-lhe ela com algum esforço e a apertar-se a camisola com força por causa da dor. Luke assentiu e pegou no telemóvel com a mão que não estava a apertar-lhe a ferida e ligou para o 112. Deram-lhe indicações, mas poucas e disseram que estavam a mandar alguém a caminho.
-Aguenta mana, - pediu ele dando-lhe carícias na face dela – vá lá.
-Onde é… - Cally não conseguiu falar mais o ar parecia estar a ficar escasso, sentia-se numa crise asmática horrível.
-Ele queria acertar-me a mim, mas quando te viu cair saiu a correr.
-Que profissionalismo – reclamou Cally sentindo-se um pouco mais cansada. Luke estava a começar a ficar mais assustado, o sangue não estancava e ela começava a crer fechar os olhos.
-Cala-te e poupa-te – pediu com o queixo a tremer e a segurar com força na irmã. Ela respirou novamente fundo e com mais força e o seu corpo estremeceu arrepiando-se de seguida. – Tens frio? – Assentindo, Luke começou a tentar aquece-la esfregando os braços. Ouvia-se sirenas ao longe.
-Luke – murmurou Cally olhando para ele e fechando os olhos pois estavam demasiado pesados.
-Cala-te e mantém a porcaria dos olhos abertos Cally. Sou mais velho dez minutos, tenho o direito de mandar em ti – ralhou Luke com uma voz irritada mas demasiado pequenino para sentir raiva. Cally sorriu e no momento em que a ambulância chegou ela abriu os olhos novamente.
-Também gosto muito de ti Luke.
Foi apenas questão de os médicos a tirarem dos braços do irmão para ela voltar a fechar os olhos e desta vez, sem os conseguir abrir.

Dia 64.

Cally abriu os olhos ouvindo vários apitos à sua volta, tudo o que via era distorcido e sentia-se zonza. Ouviu um suspiro e sentiu um aperto na mão.
-Finalmente sua estúpida, nunca mais me faças isto – disse num tom elevado Will com os olhos vermelhos e a tentar aguentar-se. Cally olhou para ele com um sorriso.
-Eu morri? – Perguntou com um ar irónico.
-Quase, estiveste sem pulso durante… demasiado tempo – resmungou e Cally riu-se levemente.
-Yay – murmurou rouca – já posso dizer que sou Jesus, já morri pelo meu pai e já ressuscitei por ele – riu-se e Will abanou a cabeça desagradado com o que dizia mas feliz por voltar a tê-la e com força para falar.
-Tens a noção do que fizeste? A tua mãe está praticamente a endoidecer, o teu irmão sente-se culpado e eu estive aqui durante todos os dias em que estiveste a dormir… – Ralhou-lhe e Cally sorriu sabendo que ele não se ia calar.
-Eu amo-te Will – disse com voz rouca e apesar da sua palidez começou a corar notoriamente. Will calou-se e olhou para ela a tentar perceber o que ela tinha dito. Depois de alguns minutos de choque ele sorriu e inclinou-se para ela dando-lhe um beijo nos lábios, algo que não era novidade para eles. Sempre tiveram algo, apenas não era nada assumido, e negavam sentimentos mais fortes um pelo outro. O que não era bem verdade desde miúdos.  
-Tem mais cuidado miúda. – Ela negou.
-Não vou ter cuidado enquanto não o matar. – Will ficou mais pálido e depois deixou a cabeça cair no colchão da cama de hospital.
-Cally à seis dias, levaste um tiro pelas costas, porque aquele cobarde não foi capaz de te enfrentar, o Luke quase que te perdeu nos braços e agora queres voltar a enfrentar aquele canalha?
-Quero.
Will respirou fundo e levantou-se.
-Então faz isso sozinha, porque eu não vou estar ao teu lado a ver-te morrer. – Garantiu-lhe saindo do hospital.

Luke e Anita foram ao quarto e foi tudo uma alegria ao vê-la acordada. Ela sorria, mas não tinha vontade, não queria ter-se chateado com Will, mas ele tinha que perceber que ela tinha princípios e que precisava de fazer algo para se sentir em paz. Aliás, não só para ela se sentir em paz, mas para as pessoas que neste momento estavam à frente dela se sentirem em paz.

Dia 75

Respirou fundo e olhou em frente. Ela continuava a não gostar de armas e preferia mil vezes usar uma faca toda partida para fazer aquilo que tinha que ser feito, mas talvez não doesse tanto quando acabasse. Assim, era só mirar o alvo, acertar-lhe e com sorte mata-lo e ir-se embora enterrar a pistola num sitio distante e onde ninguém a descobrisse. Todos sabiam o que ela ia fazer, mas mesmo assim ninguém a impedia, nem mesmo o novo namorado da mãe dela, que por acaso era do FBI. Todos tinham medo por ela, mas também queriam ter sossego e paz nem que fosse uma vez na vida.
Cally saiu do carro e respirou fundo, sabia onde é que o pai estava e tinha plena certeza que o ia apanhar de surpresa.

*Cally*

Entrei em casa dele, uma casa velha que ele teve que mudar por quase me ter morto e fui de mansinho até ao quarto dele. Ainda dormia. Respirei fundo quando vi no alvo da minha arma a cabeça do meu próprio pai e senti-me a acobardar. O meu estômago deu reviravoltas e senti que podia vomitar a qualquer momento. Sabia que não devia, mas não conseguia fazer aquilo com ele a dormir, aliás, não sabia sequer se conseguia fazer aquilo.
Dei um passo para trás e vi-o a acordar. Não foi preciso muito para ele se levantar e olhar para mim com uma arma na mão. Eu não sabia que ele era louco o suficiente para dormir com uma arma. Afastei-me tentando não dar parte fraca.
-Pensava que já tinha acabado com o meu problema – resmungou ele empunhando com força a arma.
-Não, saí demasiado a ti para me matares com tanta facilidade. – Respondi-lhe e ele deu um passo em frente, eu dei um atrás.
-Achas mesmo que consegues matar-me Calypso? Eu sou o teu pai.
-Eu era a tua filha, o Luke era teu filho e tu quase que o fizeste, não vejo qual é a diferença – respondi-lhe e embati contra algo quente. Por cima do meu ombro vi uma arma direccionada ao meu pai e olhei para trás vendo Will. O meu pai riu-se como senão quisesse acreditar.
-Tu?
-Eu? – Ouvi um disparo e vi a bala da arma de Will a ir em direcção ao meu pai. Susti o ar ao vê-lo cair inconsciente, mas Will não parou por ali e fui até ele mando-lhe mais cinco tiros no peito. Encolhi-me involuntariamente e corri para fora de casa, que felizmente não tinha vizinhos. Os meus joelhos cederam e vomitei o pouco que tinha no estômago, perto do meu carro. Senti alguém a agarrar-me e vi Will à minha frente encostando-me ao seu peito.
-Desculpa- murmurou ao meu ouvido.
Olhei para ele e limpei as lágrimas.
-Leva-me para casa. – Pedi, Will assentiu e pegou-me no colo.
-Amanhã temos um concerto.
-O Luke vai adorar voltar aos palcos. – disse tentando aliviar a pressão que sentia no peito.
-Não vai ser estranho? – Perguntei Will como se não tivesse feito nada.
-Não. – sorri ligando a musica. – O público sempre o adorou.
-E sempre te vai adorar a ti. – Garantiu Will.
-Já sou demasiado famosa pelas coisas erradas. – Pela minha memória passaram-me todas as caras que matei, não me conseguia arrepender, por algum motivo que não percebia. A única coisa que conseguia sentir deles era pena, por se terem metido comigo no momento errado. Will olhou-me e deu-me um beijo na testa.
-Vais ter que me conceder um concerto de despida.
-Oh tu vais ter muitos concertos, não vai haver despida – ri-me esquecendo-me por momentos do monstro que tinha morrido.
-Não estou a falar disso – Riu-se ele também, mas mais nervoso que eu. Talvez Helen tivesse um novo paciente. Sorri olhando para a frente percebi que Will estava cada vez mais tenso, provavelmente a aperceber-se do que tinha feito.
-Pára o carro – pedi e ele fê-lo respirando fundo para se acalmar. Olhei-o e sentei-me no seu colo sentindo o volante nas minhas costas. Vi-o pálido e sabia exactamente pelo que estava a passar. Precisava de pensar noutra coisa, por isso, peguei na sua face e puxei-a para um beijo.

 

Sinceramente não gosto muito do final, está muito... não sei, queria ter feito uma coisa mais épica mas ficou como ficou e estou sem tempo ou inspiração.

Então... a minha escrita não acabou por aqui, para as férias de natal, no dia 28 ou 29 posto uma nova história que mais tarde falo aqui. Eu adorei esta história. Adorei mesmo, mas com a porcaria da escola fiquei sem tempo para escrever ou postar e depois os dias foram passando e eu fiquei sem vontade de a escrever. Hoje fiz um esforço e aqui está o último capitulo.

Vou ter saudades do meu Will, porque de todos os rapazes como personagem que eu tive, foi o mais querido e o que mais eu identifico como rapaz, não perfeito, mas aquele rapaz que as raparigas querem.

Vou ter sadades da Cally porque ela podia ser a personagem principal mas tinha um lado muito negro e mau, que apesar de não ter conseguido mostrar bem... não sei se mostrei bem ou não, mas pronto... ela era um pouco a má da fita por causa do ódio todo. Também era um bocado, "a coitadinha" é verdade, irmão quase morto e essa treta toda. 

Mas pronto, para a próxima há mais e para quem gosta do que escrevo que esteja atento ao meu blog pessoal porque eu vou perguntar umas coisas sobre a proxima história :)

Love you

 

PS: NÃO REVI. DESCULPEM POR ALGUM ERRO.

publicado por Cate J. às 13:28
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11 comentários:
De avery. a 8 de Dezembro de 2011 às 14:03
amo, amo, amo! mas queria mais disto, não foi o suficiente para me satisfazer...
fico à espera do próximo projeto.


De Cate J. a 8 de Dezembro de 2011 às 14:41
obrigada :)
para as férias de natal há mais.


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